A Sempre-Nova Visão
e
A Sempre-Ancestral Realidade
*
Poemas de Sri Chinmoy
Título original: “The Ever-New Vision and the Ever-Ancient Reality”
Traduzidos ao português pelo Centro Sri Chinmoy Brasil
3/set/2013
*
Uma seqüência interminável de céus
Onde não há ar.
Um anseio interior me compele a trazer
Uma guirlanda de poemas
Para adorá-Lo.
O altar está vazio.
Quero preenchê-lo;
Quero cobri-lo de poemas,
Com uma guirlanda de poemas.
Sei que é apenas assim
Que posso esquecer dos sofrimentos e alegrias
Que devem ser esquecidos.
*
Meu Amado, eu amo Você.
Eu Lhe trouxe
Algumas belas flores
Que colhi hoje pela manhã.
Eu desejo adorá-Lo com estas flores.
Ah, Você sorri porque sabe
Que estas flores, na verdade, pertencem a Você.
Estou decorando-O com Seus próprios presentes.
*
As nuvens velejam em direção a um mundo desconhecido,
Enfeitadas com beleza miríade.
Um rosto sorridente as acompanha.
As nuvens velejam em direção a uma terra desconhecida.
Ó céu, conte-me para onde as nuvens viajam.
Pergunto com olhos cheios de lágrimas.
Ó céu, você fará minha vida tão luminosa
E bela quanto as nuvens?
Ó céu, conte-me para onde as nuvens velejam.
*
Pelo toque de quem o lírio sorri
E abre seu botão-beleza?
A luz-de-lua da beleza de quem
Eu vejo no lírio?
Quem é o Olho de meu olho?
Quem é o Coração do meu coração?
Ora, por que eu não O vejo,
Sua Face de Beleza Transcendental,
Mesmo em meus sonhos?