Poema de 22 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

22 de Julho

Há uma palavra que nos é muito doce, pura e familiar. Essa palavra é consciência. Consciência é um outro nome para a voz interior.

A consciência pode residir em dois lugares: no coração de verdade e na boca de falsidade. Quando a consciência nos golpeia uma vez, devemos pensar que ela nos está a mostrar o seu amor incondicional. Quando ela nos golpea a segunda vez, devemos sentir que nos está a mostrar o seu cuidado sem reservas. Quando nos golpeia a terceira vez, devemos perceber que ela nos oferece a sua compaixão ilimitada, para nos prevenir de mergulharmos no abismo do mar da ignorância.

Eu conheço os seus
Doces, encorajadores e inspiradores segredos.
Está feliz porque
Arrancou pelas raízes a sua árvore-desejo.
É perfeito porque
Sempre obedece aos comandos
Do seu monitor interior:
A luz-consciência.


Reflexão, poema de “22 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 13 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

13 de Julho

O que obtem

O amor próprio egoísta e o ódio de si mesmo são duas doenças, que podem ser curadas por um remédio, que é o amor a Deus.

Nós queremos agradar ao mundo, mas, como poderemos fazê-lo, se não nos agradam as nossas próprias vidas? É um absurdo gritante tentarmos agradar aos outros se não estamos satisfeitos com a nossa existência interior e exterior. Deus deu-nos grandes bocas e com elas tentamos agradar aos outros, mas dentro dos nossos corações há um deserto árido. Se não temos aspiração, como podemos oferecer paz, alegria e amor ao mundo? Como podemos oferecer qualquer coisa divina quando não praticamos o que pregamos? A espiritualidade proporciona-nos a capacidade de praticar o que pregamos. Se não trilhamos o caminho da espiritualidade, apenas pregaremos; será um jogo unilateral. A nossa pregação frutificará, apenas, quando for praticada.

Para elevar a atmosfera-mundo,
Comece, a partir de hoje,
Com o coração que doa
E a vida de entrega.


Reflexão, poema de “13 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 12 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

12 de Julho

O que obtemos da vida interior? Simplicidade, sinceridade, integridade, pureza, humildade e divindade. Aquele que tem todas essas qualidades divinas terá, sem falta, uma vida de alegria, paz, liberdade e plenitude. E aquele que não tem essas qualidades divinas terá, sem erro, uma vida de lágrimas, confusão, limitação e frustração.

Da vida interior obtemos uma consciência crescente, fluente e energizadora, para iluminar e aperfeiçoar os nossos pensamentos e sentimentos, bem como realizar as nossas metas. Também podemos tornar-nos participantes ativos e efetivos da experiência cósmica de Deus. Viver uma vida interior é tornar-se, plenamente, consciente da existência de Deus. Tornar-se, plenamente, consciente da existência de Deus é amar o alento da humanidade com um coração ilimitado. A harmonia divina existe e pode ser estabelecida na natureza interior e exterior de alguém, apenas, quando ele aceita a vida interior como uma fonte de constante inspiração, para guiar, moldar e modelar a sua vida exterior.

O campo de batalha da vida
Será todo paz
Quando o som da mente
Der lugar
Ao silêncio do coração
.


Reflexão, poema de “12 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 11 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

11 de Julho

A paz é a arma mais efetiva para se conquistar a injustiça.

Quando ora e medita, todo o seu ser fica inundado de paz. Então, não importa o que os outros façam, apenas, sentirá que são os seus próprios filhos a brincar diante de e pensará: “São apenas crianças. O que mais posso esperar delas?” No entanto, porque eles são adultos em termos de idade, em vez disso, fica zangado e aborrecido. Se orar e meditar regularmente, sentirá logo que a sua paz é infinitamente maior, mais satisfatória e mais energizante do que as infelizes situações que os outros possam criar.

Este nosso mundo
Está cheio de afiadas flechas-criticismo.
Essas flechas não podem ferir
A mente paz-iluminada
E o coração Deus-inebriado.


Reflexão, poema de “11 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 10 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

10 de Julho

Caráter é, justamente, aquilo que somos interiormente e o que fazemos exteriormente.

Quando tiver de se defender ou proteger, tente usar uma arma mais elevada. Se as pessoas disserem algo e você retaliar no mesmo nível, não haverá fim. Por outro lado, se engole a sua raiva, elas continuarão a aproveitar-se de si. Mas, quando vêem e sentem uma tremenda paz interior em si, verão algo em si, que nunca poderá ser conquistado. Verão em si uma
mudança e isso não, apenas, as confundirá mas, também, as desafiará e amedrontará. Elas sentirão que as suas armas são inúteis.

Se a sua aspiração é genuína,
Então, ela o salvará
A cada momento
Das reclamações do mundo.


Reflexão, poema de “10 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 09 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

09 de Julho

Eu fiz uma colheita abundante de paz, no dia em que percebi que nem a enorme fome da Terra, nem o bom banquete do Paraíso desejam a minha ávida presença.

A paz vem até nós e perdemo-la porque sentimos que não somos responsáveis pela humanidade ou que não somos parte integrante dela. Devemos sentir que Deus e a humanidade são como uma grande árvore. Deus é a árvore e os ramos são a Sua manifestação. Nós somos alguns ramos e há muitos outros. Todos esses ramos são parte da árvore e, são um com cada outro ramo e com a própria árvore. Se pudermos sentir que temos o mesmo tipo de relacionamento com Deus e com a humanidade, que um galho tem com os outros ramos e com a árvore como um todo, estaremos destinados a ter paz duradoura.

Há dois remédios
Para lhe trazer paz de espírito:
“Eu sou tudo”
E
“Este mundo não me pertence.”
Use um dos dois.


Reflexão, poema de “09 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 08 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

08 de Julho

As derrotas, dores e humilhações do passado não podem nunca comparar-se aos deleites da sua presente coroa-vitória.

Não devemos permitir que o passado atormente e destrua a paz do nosso coração. As nossas boas e divinas ações do presente podem, facilmente, contrapor-se às más e não-divinas ações do passado. Se o pecado tem o poder de nos fazer chorar, a meditação, sem dúvida, tem o poder de nos dar alegria e nos prover de sabedoria divina.

No momento em que ele
Deu as costas ao passado,
O despertar dourado
Da beleza-silêncio do amanhã,
Convidou-o a andar na carruagem do transcendental Deus-Sol.


Reflexão, poema de “08 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 07 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

07 de Julho

O homem tem duas armas: esperança e desespero. Com a esperança ele tenta extinguir a estagnação da incapacidade. Com o desespero ele pode extinguir o nascimento de um futuro dourado.

Só teremos paz quando tivermos cessado, completamente, de encontrar defeitos nos outros. Temos de sentir o mundo todo como algo muito nosso. Quando observamos os erros dos outros, entramos nas suas imperfeições e isso não nos ajuda em nada. Curiosamente, quanto mais nos aprofundamos, mais claro se torna que as imperfeições dos outros são as nossas próprias imperfeições, todavia em corpos e mentes diferentes. Ao passo que, se pensamos em Deus, a Sua Compaixão e Divindade ampliam a nossa visão interior da verdade. É necessário atingir a plenitude da nossa realização espiritual para que aceitemos a humanidade como uma família.

Mesmo por um fugaz segundo,
Ofereça boa vontade aos outros.
Os seus bons pensamentos
São contribuições significativas
Ao Supremo na humanidade.


Reflexão, poema de “07 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 06 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

06 de Julho

Vendo o passado eu nada ganho. Conhecendo o futuro eu ganho algo. Vivendo no presente eu ganho tudo.

Devemos permanecer sempre no presente, o qual está constantemente pronto a trazer o futuro dourado para o nosso coração. As realizações de hoje são muito satisfatórias mas, precisamos sentir que elas não são nada, em comparação ao que serão as realizações de amanhã. Cada vez que a satisfação desperta, devemos sentir que ela não é nada em comparação à satisfação que está por vir. É necessário sentir que cada segundo traz nova vida, novo crescimento, nova oportunidade. Se estivermos prontos para permitir que a mudança entre nas nossas vidas a cada momento, a cada minuto, a cada dia, estaremos destinados a crescer.

Não cante sublimes canções
Com a sua mente de ontem.
Cante frutíferas canções
Com o seu coração de hoje.


Reflexão, poema de “06 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 05 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

05 de Julho

Sabe o segredo do meu sucesso espiritual? Eu liberteime do passado; vivo em constante e infinita novidade na vida.

Como podemos tornar-nos Deus? Devemos estar prontos todos os dias para mudar, não permanecendo prisioneiros do passado. Quando o dia de hoje termina, devemos sentir que ele é passado e que não será de nenhuma ajuda para que nos tornemos o Supremo Altíssimo. Não importa quão doce, amoroso ou preenchedor foi o passado, ele não pode dar-nos nada que já não tenhamos. Caminhamos em frente em direção à meta, e portanto, não importa quão satisfatório o passado foi, devemos sentir que ele é apenas uma prisão. A semente cresce numa plantinha e depois torna-se uma imensa árvore. Se a pequena planta mantém a consciência de semente, não haverá manifestação. É claro, devemos ser gratos à semente, porque nos habilitou a tornarmo-nos uma planta. Mas, não dedicaremos muita atenção ao estágio de semente. Uma vez que nos tornemos uma planta, que o nosso objetivo seja tornarmos uma árvore. Procuremos olhar sempre em frente, em direção à meta. Somente, quando nos tornarmos uma grande árvore é que a nossa completa satisfação despertará.

Deixe o passado dormir e não permita à frustração
Comandar a sua mente. O sol-satisfação do amanhã
Será todo seu. Apenas comece a ver a elevação
Da sua maré-coração-entrega.


Reflexão, poema de “05 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 04 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

04 de Julho

O seu coração deve tornar-se um mar de amor. A sua mente deve tornar-se um rio de desapego.

O desapego, geralmente, é mal compreendido. Sentimos que se alguém é desapegado, é indiferente. Pensamos que quando queremos ser desapegados de algo, devemos mostrarlhe indiferença absoluta, a ponto de total negligência. Mas, isso não é verdade. Quando somos indiferentes a alguém, não fazemos nada por aquela pessoa. Não temos nada a ver com a sua alegria ou tristeza, a sua realização ou o seu fracasso. Mas, quando somos verdadeiramente desapegados, trabalhamos por ela devotada e altruisticamente e oferecemos os resultados das nossas ações aos Pés do Senhor Supremo, nosso Piloto Interior.

Com o meu apego
Aprendo com os homens
E a sua noite-ignorância.
Com o meu desapego
Aprendo com Deus
E o Seu Sol-Compaixão.


Reflexão, poema de “04 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 03 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

03 de Julho

Possa o alento da espiritualidade tornar-se a única força na minha vida.

Quando o ego opera, sentimos que somos indispensáveis. Sentimos que sabemos mais do que todos os outros e que somos responsáveis por tudo. Sentimos que todos precisam de nós. O Eu transcendental abriga o cosmos inteiro e oferece liberação ou liberdade a cada alma individual. O grande “Eu” está expandindo-se sempre, a si mesmo. Quando expandimos, conscientemente, nós sorvemos êxtase. Estendemo-nos como um pássaro abrindo as suas asas. No entanto, quando procuramos possuir algo, tentamos fazê-lo a ferro e fogo. Já a expansão espontânea da nossa consciência é como uma mãe estendendo os seus braços à volta dos seus filhos. Não há sentimentos possessivos. Apenas, sentimos que pela força da nossa aspiração que expandimos a nossa própria realidade interior.

Veja, veja!
O Choro Dele está em si.
O Sorriso Dele é para si.


Reflexão, poema de “03 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 02 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

02 de Julho

A cada aniversário que chega, a fatal morte bate à porta do nosso corpo. Mas, a alma imortal dentro do aposento-corpo diz: “Está a bater na porta errada. Vá-se embora, vá-se embora!”

Serei um tolo se, conscientemente, viver no físico. Serei um tolo ainda maior se, constantemente, admirar e adorar o meu corpo físico. Serei o maior dos tolos se viver apenas para satisfazer as necessidades da minha existência física. Sou uma pessoa sábia se sei que há algo chamado alma. Sou uma pessoa mais sábia se tenho o cuidado de ver e de sentir a minha alma. Sou a pessoa mais sábia se vivo na minha alma e para a minha alma, constante e devotadamente, sem reservas e incondicionalmente.

Ó corpo, meu corpo,
Pense na alma.
Pois, com a ajuda dela
Tornar-se-á
A serenidade, paz, luz e felicidade da Eternidade.


Reflexão, poema de “02 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poemas do Mês de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

Paz de espírito
Não pode ser obtida da noite para o dia.
Para termos paz de espírito
Devemos investir muitos anos-silêncio
Em espiritualidade.


Reflexão, poema do Mês de Julho, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 01 de Julho – Sri Chinmoy, Reflexões

01 de Julho

O seu coração amoroso é a inesgotável riqueza do seu mundo interior.

Um buscador espiritual usa o seu coração e alma para ver o mundo interior e o mundo exterior. Ele não usa os seus olhos físicos. Às vezes percebe que a visão de seus olhos físicos é limitada, pois a sua visão é guiada pela subtil ou inconsciente operação da mente obscura, não-iluminada. É, simplesmente, impossível para os olhos físicos identificar-se com a quinta-essência da beleza. Porém, usando o coração, imediatamente, tornamo-nos parte integrante da substância e essência daquilo que estamos a ver.

A mente não-aspirante pensa
Que a meditação é perda de tempo.
O coração aspirante sabe e sente
Que a meditação é
O sagrado e secreto florescer
De uma vida Céu-ascendente.


Reflexão, poema de “01 de Julho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 29 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

29 de Junho

Como a nossa própria existência depende de Deus, apenas, devemos ser independentes dos valores, opiniões e pedidos alheios.

Para se desapegar, emocionalmente, de pessoas e de situações irritantes, primeiro identifique-se com o nível da pessoa que está causando irritação. Digamos que está no seu escritório e há uma pessoa a criar-lhe problemas desnecessários. Ficando zangado com ela, o problema não será resolvido. Pelo contrário, será torturado interiormente pela sua raiva e exteriormente pela pessoa. Permitindo-se enraivecer, apenas, perderá a sua própria força interior. Mas, caso se coloque no nível da pessoa e se identifique com ela, verá que ela mesma está muito infeliz e, portanto, deseja consciente ou inconscientemente fazer os outros também infelizes.

Há algum ser humano
Que não seja a personificação
De realidades opostas?


Reflexão, poema de “29 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 28 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

28 de Junho

Quando um buscador sincero ora e medita, irradia beleza. Essa beleza vem, diretamente, da sua existência interior, a sua alma.

Quando oramos, oferecemos a beleza da intensidade do nosso coração ao Supremo. Quando meditamos, oferecemos a beleza do nosso silêncio interior ao Supremo. Quando amamos o mundo exterior, sabendo que ele é a manifestação e a expressão do Supremo, então, oferecemos a beleza da nossa unicidade universal ao Supremo.

O altar-entrega do seu coração
É a beleza sem igual
Que ascende a tocar
O âmago do Céu.


Reflexão, poema de “28 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 27 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

27 de Junho

O objetivo da vida é tornar-se consciente da Realidade Suprema. O objetivo da vida é ser a expressão consciente do Ser Eterno.

A unicidade é o único relacionamento que pode durar para sempre, porque todos os seres humanos consciente ou inconscientemente compartilham de uma divina e Suprema Realidade. Para os que participam inconscientemente, a insatisfação é a triste realidade. Se somos participantes inconscientes, a consciência-corpo e a individualidade mental
afastam-nos e separam-nos. Entretanto, para os que compartilham conscientemente, tudo que há é a unicidade psíquica. Quando somos participantes conscientes, a unidade psíquica nos desperta, ilumina, satisfaz e imortaliza.

Se deixar de comprar
Os produtos-divisão da sua mente,
Deus conceder-lhe-á
O Banquete-Satisfação-Iluminação
Do Seu próprio Coração.


Reflexão, poema de “27 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 26 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

26 de Junho

O mundo está coberto de dificuldades. De certa maneira, está cheio de espinhos. Todavia, usando um calçado, poderá caminhar sobre os espinhos. E de que é feito esse calçado? É feito da Graça de Deus.

Não deveríamos, e não precisamos nunca, preocupar-nos com o nosso futuro. Por via da entrega, uma pessoa espiritual torna-se, inseparavelmente, una com a Vontade cósmica de Deus. No presente momento, não nos entregamos à Vontade de Deus e esse é o porquê de sofrermos. Sentimos assim: se não fizermos algo por nós mesmos, então quem o fará? Todavia, essa não é a verdade. Existe alguém que fará tudo por nós e esse alguém é o nosso Piloto Interior. E o que é esperado de nós? Apenas, entrega a Sua consciente Vontade. Ele atuará em e através de nós, apenas, quando nos tornarmos Seus instrumentos conscientes. Quando sentirmos que nós somos os instrumentos e que Ele é o Agente, não nos preocuparemos com o nosso futuro e nem o temeremos, porque saberemos e sentiremos que ele está nas Mãos tudo-amorosas de Deus, as quais farão tudo, em nós, através de nós e por nós.

Não diga
Que sozinho pode fazê-lo.
Diga que Deus o faz em e através de si.
Ora, eis que tudo está feito.


Reflexão, poema de “26 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 25 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

25 de Junho

O aborrecimento e a tristeza são os piores inimigos, destruindo a vida em toda a sua inspiração divina. Findo o aborrecimento, não mais há tristeza; a sua vida tornar-se-á a beleza de uma rosa, o canto da aurora, a dança do crepúsculo.

Não deveríamos preocupar-nos. Deveríamos ter fé implícita em Deus, nosso Piloto Interior. Sintamos que Deus não apenas sabe o que é melhor para nós mas, também, fará o que é melhor para nós. As preocupações existem porque não sabemos o que nos acontecerá amanhã ou mesmo no próximo minuto. Contudo, se pudermos sentir que há alguém que pensa em nós, infinitamente, mais do que nós mesmos e se pudermos, conscientemente, oferecer-Lhe a nossa responsabilidade, dizendo: “Seja o responsável – Eterno Pai, Eterna Mãe, seja responsável pelo que eu faço, digo e me torno”, então, o nosso passado, presente e futuro passam a ser problema Dele. Enquanto tentarmos ser responsáveis pela a nossa própria vida, sentir-nos-emos miseráveis. Não seremos capazes de utilizar propriamente, sequer, dois minutos das vinte e quatro horas que temos.

É bom saber que Deus me ama.
É melhor saber que Deus precisa de mim.
O melhor de tudo é saber
Que Deus faz qualquer coisa,,
Incondicionalmente, por mim.


Reflexão, poema de “25 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 24 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

24 de Junho

Se sente que não é suficiente, apenas, manter a sua existência na Terra, que a sua existência deve ter algum significado, algum propósito, alguma realização, então, deve voltar-se para a vida interior, a vida espiritual.

Aqueles que aspiram irão além das circunstâncias e eventos mundanos e tentarão entregar-se à sua divindade interior. Essa não é a submissão de um escravo ao seu senhor, uma entrega desamparada. É a entrega das imperfeições, limitações, apego e ignorância ao próprio Eu mais elevado, o qual é inundado de paz, luz e felicidade. Nela não se perde a individualidade ou personalidade. Em vez disso, a individualidade e personalidade são ampliadas; expandem-se em Infinidade.

Ele provou a beleza
Da sua vida interior;
Portanto, está feliz.
Agora ele deve entregar
A fealdade da sua vida exterior
Ao seu Amado Supremo
Para que ambos, ele e o seu Senhor,
Possam ser felizes.


Reflexão, poema de “24 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 23 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

23 de Junho

Ama a sua vida interior. Isso significa que Deus tem um cuidado muito especial por si.

Constantemente, submete a sua vontade a coisas terrenas – ao barulho, aos sinais de trânsito, ao governo. Sente que, não se entregando a essas coisas, estará completamente perdido, ao passo que, ao render-se-lhes, ao menos, poderá continuar na Terra. Se deseja uma vida de aspiração, precisa de ter essa mesma espécie de sentimento em relação às coisas espirituais. Precisa sentir que se não orar, se não meditar, estará totalmente perdido; se não chorar, se não se entregar à mais elevada divindade, então, a sua existência será vazia e nem precisará de continuar na Terra. Sinta que sem orientação
interior estará, completamente, perdido e desamparado. Essa orientação interior vem, apenas, quando realmente deseja entregar a sua ignorância à luz que há no seu interior.

O meu caminho não é
Seguir o mundo.
O meu caminho não é
Liderar o mundo.
O meu caminho é
Andar junto de Deus.


Reflexão, poema de “23 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 22 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

22 de Junho

Meu Senhor, lembre-me de tempos em tempos que Me ensinou como amar o mundo incondicionalmente.

A cada momento nos é concedida ampla oportunidade de amar a humanidade. Se, realmente, amamos a humanidade, então, desejamos oferecer-lhe serviço dedicado. Quando, realmente, desejamos ampliar a nossa existência, expandir a nossa consciência e ser um, inseparavelmente, com a Vastidão, a única resposta é a entrega. A cada momento vemos bem à nossa frente uma barreira entre um ser humano e o outro – uma parede adamantina entre duas pessoas. Não conseguimos comunicar-nos, satisfatoriamente, de todo coração e alma. Por quê? Porque nos falta amor. O amor é a nossa unicidade inseparável com o resto do mundo, com toda a criação de Deus. Podemos trazer para baixo essa parede adamantina com a força do nosso amor devotado.

Cultive lágrimas, devotadamente, puras
De amor-unicidade.
A vida universal de beleza
Será toda sua.


Reflexão, poema de “22 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 21 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

21 de Junho

A sua mente pensa que nada é digno de crença. O seu coração sente que ninguém é merecedor de amor. Não é de estranhar que a sua vida esteja, constantemente, implorando felicidade em todo lugar.

É difícil amar a humanidade. É difícil devotarmo-nos à humanidade. É difícil entregarmo-nos à humanidade. Isso é verdade. Da mesma forma, é difícil amar a Deus, servi-Lo, devotarmo-nos a Ele e entregar-Lhe o nosso alento vivente. Por quê? O simples motivo é que desejamos possuir e sermos possuídos. Estamos, constantemente, a fazer-nos de vítimas da ignorância. Ou seja: os nossos desejos nunca serão satisfeitos. Nós temos inúmeros desejos mas, Deus satisfará apenas aqueles desejos que serão de alguma utilidade, dos quais obteremos algum benefício. Se Ele satisfizesse todos os nossos incontáveis desejos, estaria cometendo uma injustiça contra as nossas almas aspirantes. E isso, Ele nunca fará. Ele sabe o que é melhor para nós e tem-nos provido além das nossas capacidades, apesar de, infelizmente, não estarmos conscientes disso.

Deus não tem de nos punir,
Abençoando
Os nossos inúmeros desejos.


Reflexão, poema de “21 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 20 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

20 de Junho

O único modo efetivo de se amar a humanidade é primeiro amar a Deus incansavelmente.

O final de todo o ensinamento interior é o amor; amor divino, não amor humano. O amor humano prende; o resultado é frustração. E, no final da frustração, surge a destruição. Mas, o amor divino é expansão, crescimento, o sentimento de verdadeira unicidade. Assim, se amamos alguém, devemos saber que o amamos, precisamente, porque no seu interior está Deus. Não é por alguém ser meu pai, minha mãe, irmão ou irmã que eu o amo. Não. Eu amo-o, apenas, porque dentro dele sinto e vejo a presença viva de meu querido Bem-Amado.

Porque temo a Deus,
Não devo temer nenhum homem.
Porque amo a Deus,
Devo amar todos os seres humanos.


Reflexão, poema de “20 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 19 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

19 de Junho

Quando reparar que os defeitos e as más qualidades de alguém são óbvios, tente, imediatamente, sentir que os seus defeitos e más qualidades não o representam totalmente. A sua verdadeira existência é, infinitamente, melhor do que aquilo que vê agora.

Se a humanidade tivesse de se tornar perfeita antes que pudesse ser aceite por si, não mais necessitaria do seu amor, afeição e cuidado. Mas, neste exato momento, no seu estado imperfeito de consciência, a humanidade precisa da sua ajuda. Dê à humanidade, sem reservas, a mais insignificante e limitada ajuda que tem à disposição. Esta é a oportunidade dourada. Se perder esta oportunidade, o seu sofrimento futuro será além da sua capacidade de suportar, pois virá um dia em que perceberá que a imperfeição humana é a sua própria imperfeição. Você é criação de Deus e a humanidade também o é. A humanidade é, somente, uma expressão do seu próprio coração universal. Poderá e deverá amar a humanidade, não apenas como um todo mas, também individualmente, se compreender o facto de que, a não ser que a humanidade atinja a Meta suprema, a sua própria perfeição divina não será completa.

O seu dia-a-dia é povoado de buscadores e não buscadores,
Deus-adeptos e Deus-incrédulos.
O seu olho de cuidado abriga-os e o seu coração de amor
Ensina-os.


Reflexão, poema de “19 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 18 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

18 de Junho

Cultive pureza no seu coração. Logo será capaz de redescobrir o Reino dos Céus.

A luz interior é pureza. A vida exterior é ignorância. A luz interior deseja conquistar a ignorância exterior. Da mesma forma, a ignorância exterior deseja conquistar e devorar a luz interior. A luz interior quer conquistar a ignorância exterior com a intenção de transformá-la. Quando a ignorância exterior é transformada, torna-se um guerreiro divino, lutando para estabelecer o Reino dos Céus aqui na Terra.

Se é um verdadeiro Deus-amante,
Então, logo verá
Que Deus criou tudo
Para o seu coração puro
E não para os seus olhos críticos.


Reflexão, poema de “18 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 17 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

17 de Junho

Um coração devotado descobriu uma verdade suprema: meditar em Deus é um privilégio e não uma obrigação.

Quando meditamos no coração, descobrimos que Deus é infinito e que Deus é onipotente. Se Ele é infinito, na força da Sua onipotência Ele pode também ser finito. Ele existe nas nossas várias atividades, está em todo lugar. Ele abrange tudo, não exclui nada. Isso é o que a nossa meditação interior pode dizer-nos. A meditação do nosso coração, também, nos diz que Deus é mais amado do que o mais querido e que Ele é o nosso único Bem-Amado.

Por que o coração deseja meditar?
O coração deseja meditar
Porque quer amar mais
O Supremo.
E sabe que a meditação
É a resposta.


Reflexão, poema de “17 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 16 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

16 de Junho

Se segue o seu caminho de altruísmo, lenta e constantemente, logo Deus o guiará silenciosamente.

Deus é o meu superior, o meu único superior. Eu sou humilde com Ele. Esse é o meu dever supremo. Os filhos de Deus são meus iguais. Eu sou humilde com eles. Essa é minha maior necessidade. O orgulho é meu inferior. Eu sou
humildade para ele. Essa é a minha mais certa segurança. A minha humildade não é a abstinência de amor-próprio. Eu amo-me. Realmente amo-me. Eu amo-me porque em mim habita, orgulhosamente, a mais elevada divindade.

É um privilégio excepcional
Ter a beleza de uma mente serena,
A pureza de um coração amoroso
E
A divindade de uma vida humilde.


Reflexão, poema de “16 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 15 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

15 de Junho

Eu amo o pequenino ninho-humildade do meu coração, infinitamente mais do que o imenso palácio-arrogância da minha mente.

A minha humildade não significa que eu queira que o mundo me ignore. Isso não é humildade. A minha humildade diz que eu nunca deveria esconder a minha ignorância e nem fazer alarde sobre o meu conhecimento. Sentir-se, extremamente, desgostoso e reclamar do que acontece consigo não é sinal de humildade. Os verdadeiros sinais da humildade são a constante aspiração e o clamor interior por mais paz, luz e
felicidade.

Quando Deus desce
Para tocar o finito,
Chamamos a isso Compaixão.
Quando o homem se curva
Em auto-oferecimento à humanidade,
Chamamos a isso humildade.


Reflexão, poema de “15 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 14 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

14 de Junho

Não visite os mundos da ego-exibição se quiser manter o seu próprio ego sob perfeito controle.

O meu orgulho humano sente que eu posso fazer qualquer coisa. O meu orgulho divino, o orgulho que se entregou à Vontade de Deus, sabe que posso fazer qualquer coisa, apenas, quando sou inspirado, guiado e auxiliado pelo Supremo. O meu orgulho humano deseja que o mundo me compreenda, ao meu amor, ao meu auxílio e ao meu sacrifício. O meu orgulho divino, o qual é o sentimento de unicidade com Deus, não deseja que o mundo compreenda as minhas ações abnegadas. Ele sente que se Deus me entende, se Deus conhece as minhas intenções, então, não pode haver maior recompensa.

Se está inclinado
A medir a sua vida-serviço,
Então, todo o seu ser,
Não conseguirá voltar-se
Em direção a Deus-perfeição.


Reflexão, poema de “14 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 13 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

13 de Junho

A paciência não é algo passivo. Pelo contrário, é algo dinâmico.

Como podemos desenvolver a paciência? Devemos sentir que embarcamos numa jornada espiritual, numa jornada interior, a qual tem uma Meta e que essa Meta nos quer e precisa de nós, tanto quanto nós a queremos e precisamos dela. Ela está pronta para nos aceitar, para nos dar o que possui
mas, fá-lo-á à sua própria maneira e na Hora escolhida por Deus. Saibamos que Deus nos dará a Sua riqueza no tempo certo. A paciência nunca nos dirá que tal é uma tarefa sem esperanças. A paciência, apenas, dirá que ainda não estamos prontos ou que a hora ainda não chegou.

Aquele que deseja ser
Um Deus-amante e um Deus-servidor
Nunca ficará satisfeito
Com uma reserva limitada de paciência.


Reflexão, poema de “13 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 12 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

12 de Junho

O que é a paciência? É uma certeza interior do amor sem reservas e da orientação incondicional de Deus.

A paciência é uma virtude divina. Infelizmente, não estamos apenas, terrivelmente, carentes dessa virtude divina mas, também, a negligenciamos totalmente. A paciência é o poder de Deus – escondido em nós – para suportar as inúmeras tempestades da vida. Se o fracasso tem forças para transformar a sua vida na própria amargura, então, a paciência tem forças para transformar a sua vida na mais doce alegria. Não se entregue ao destino após um simples fracasso. O fracasso, no máximo, precede o sucesso. Mas, uma vez que alcança sucesso, você passa a chamar-se confiança.

Não tenha medo de provar
A amargura do fracasso.
Seja corajoso!
A doçura do sucesso
Logo se tornará sua amiga.


Reflexão, poema de “12 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 11 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

11 de Junho

Pode repremir algo por algum tempo mas, não o poderá evitar para sempre. Dessa forma, a repressão de qualquer coisa não é e nem pode ser a resposta. O que é imperativo é a iluminação.

No nosso dia-a-dia, não temos de reprimir a emoção; não temos de reprimir nada. A repressão é algo muito ruim. Se hoje reprimimos algo, amanhã estaremos sujeitos à sua revolta. A repressão não é a resposta. O que devemos fazer é iluminar a nossa emoção. Enquanto a iluminamos, sentiremos alegria verdadeira. Reprimindo, o que realmente alcançamos? Nada. Apenas, nos forçaremos além de nossa capacidade e de nosso esforço sincero. Assim, como temos um desejo de gozar uma vida de prazeres, também possuímos um desejo de reprimir a vida. A vida de prazeres e a vida de repressão são, igualmente, ruins. Ambas são seguidas de frustração e esta acaba em destruição.

A vida deu-lhe
Aquilo que, inconscientemente, desejou:
Frustração.
Pode, conscientemente, obter da vida
Aquilo de que necessita:
Iluminação.


Reflexão, poema de “11 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 10 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

10 de Junho

É tão difícil obter paz de espírito. Então, por que gasta a sua paz com tanta extravagância?

Como conquistar a ira? Sinta a necessidade de perfeição. Quando a ira quiser entrar em si, diga: “Sinto muito. Eu conheço apenas um alimento. O nome do meu alimento é paz. Eu não serei capaz de digeri-la. Se alguma vez a comer, serei destruído interior e exteriormente. Mas, eu não quero ser destruído; eu tenho muito ainda a fazer pela divindade em mim e pela humanidade à minha volta. “ Ó ira, bateu na porta errada.”

Porque conteve a sua ira,
As forças divinas tiveram a oportunidade
De agir em e através dele,
E, finalmente, de iluminá-lo.


Reflexão, poema de “10 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 9 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

9 de Junho

O que é a espiritualidade? É a linguagem comum entre homem e Deus.

Quando seguimos uma vida espiritual, quando andamos pelo caminho da espiritualidade, uma palavra surge sempre e essa palavra é sacrifício. Devemos sacrificar a nossa própria existência pelos outros – aquilo que temos e aquilo que somos. O que temos é disposição e o que somos é alegria. Podemos ter essa alegria, apenas, quando a procuramos no nosso interior profundo. Sendo nós interiormente alegria, seremos boa vontade exteriormente. Apenas, quando a nossa existência interior estiver inundada de alegria e deleite é que estaremos dispostos, mais do que dispostos, a ajudar o mundo exterior.

Quando alegremente
Faço o que posso,
Meu Senhor Supremo, incondicionalmente,
Faz por mim
O que eu não posso.


Reflexão, poema de “9 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 8 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

8 de Junho

A meditação é a expansão da consciência. A meditação que faz alguém sentir que, juntamente, consigo alguém mais se beneficiará dela, é a meditação, absolutamente, perfeita.

Nós que começamos a trilhar o caminho espiritual somos os precursores. Todos, por fim, correrão em direção à mesma Meta transcendental. A grande maioria da humanidade não ficará sempre para trás. Todos os filhos de Deus, não importando quão inconscientes e não-aspirantes sejam, algum
dia correrão em direção à Meta que nos é comum. Essa Meta é a suprema descoberta da própria divindade e a constante e perfeita manifestação da própria eterna realidade.

Está a tentar libertar o mundo.
Mas, antes que possa fazer isso,
Deve elevar
O seu próprio nível espiritual
Ao alto, muito alto.


Reflexão, poema de “8 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 7 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

7 de Junho

Pena de si mesmo, auto-indulgência e procuras emocionais egoístas trata-se de uma mesma imperfeição, apenas, com diferentes nomes.

Se diz que não tem fé em si mesmo mas, que tem toda a fé em Deus, devo dizer que não poderá ir muito longe. Deve ter fé, fé constante a abundante, não apenas em Deus mas, também em si mesmo, pois é filho ou filha de Deus. Quando sente, verdadeiramente, que é uma criança de Deus, perceberá que está aquém da sua dignidade fazer amizade com a ignorância. Realidade, Eternidade, Imortalidade e Infinidade não são termos vagos: são os seus direitos de nascimento. Quando tiver esse tipo de fé, Deus derramará as Suas bençãos escolhidas sobre a sua cabeça devotada e seu coração entregue.

Não pode transcender-se a si mesmo
Estudando livros.
Mas pode, certamente, transcender-se
Ouvindo os ditames interiores
Da sua alma.


Reflexão, poema de “7 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 6 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

6 de Junho

Está perdido quando crê nas suas dúvidas. Está morto quando duvida das suas crenças.

A dúvida pode ser conquistada. Ela deve ser conquistada. Como? A única resposta é concentração constante e devotada na mente, meditação no coração e a contemplação em todo o ser. Como conquistar a dúvida? Observe o voto de silêncio interior. Medite interiormente e ofereça serviço desinteressado. A sua dúvida não terá forças para maltratá-lo. Ela deve morrer e morrerá, para sempre.

Se quer ser um membro devotado
Da sociedade de Deus,
Rejeite, imediatamente, o que você não é:
Veneno-dúvida.
E aceite, devotadamente, o que você é:
O instrumento escolhido de Deus.


Reflexão, poema de “6 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 5 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

5 de Junho

Para encarar o fracasso e acolher o sucesso, é necessário sair, deliberadamente, do território-dúvida.

Duvidamos de Deus, precisamente, porque pensamos que Ele é invisível. Duvidamos Dele porque pensamos que Ele é inaudível. Duvidamos Dele porque pensamos que Ele é incompreensível. Mas, para vê-Lo, o que temos feito? Para ouvi-Lo, o que temos feito? Para entendê-Lo, o que temos feito? Para vê-Lo, temos orado devotadamente todos os dias? A resposta é não. Para ouvi-Lo, temos amado incondicionalmente a humanidade? Não. Para entendê-Lo, temos servido a divindade na humanidade? Não. Não temos orado a Deus. Não temos amado a humanidade e nem servido a divindade na humanidade. Ainda assim, queremos ver Deus face a face. É impossível.

O que tem causado os seus fracassos?
Não a sua dúvida,
Não a sua insegurança,
Mas, a sua falta de vontade.


Reflexão, poema de “5 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 4 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

4 de Junho

A mente que duvida não é nada mais do que uma planta-insegurança.

Fé e dúvida. Elas são como os polos Norte e Sul. Infelizmente, um homem de fé é, frequentemente, mal entendido. Somos propensos a chamar um homem de fé de fanático mas, nisso cometemos um erro deplorável. Um fanático detesta a razão e ignora a mente racional, enquanto que um homem de fé, se ele é realmente um homem de fé, acolherá a razão e aceitará a mente que duvida. Assim, a sua fé ajudará a mente que duvida, a transcender-se, tornando-se infinita Vastidão, tornando-se algo eterno e imortal.

Seja sábio!
Mantenha os seus medos e dúvidas interiores,
Constantemente,
Sob seu perfeito controle.


Reflexão, poema de “4 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 3 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

3 de Junho

A vida humana é ao mesmo tempo um fardo e uma benção. Ela impele o homem a suportar sofrimento contínuo. Ela dá ao homem, também, a grande promessa da Deus-realização.

Prosperidade e adversidade são os dois olhos que todos temos. A adversidade guia-nos para o interior a corrigir e aperfeiçoar a nossa marcha de vida. A prosperidade guia-nos ao exterior para imortalizar e iluminar o nosso nascimento humano. Na prosperidade a nossa força interior permanece estática. Na adversidade a nossa força interior torna-se
dinâmica. Ninguém pode negar o facto de que todos os passos de progresso que o mundo deu, vieram tanto dos sorrisos da prosperidade quanto das lágrimas da adversidade. A adversidade, assim como a pobreza, não é um pecado. E um mérito da adversidade, ninguém pode negar: ela ajuda-nos, tornarmo-nos mais fortes interiormente. Quanto mais fortes somos interiormente, tanto mais luminosos somos exteriormente. Aquele que teme estudar na escola da adversidade, nunca poderá esperar ter uma educação perfeita na vida. Quanto mais, frequentemente, a nossa aspiração é forçada a atuar por força da terrível adversidade; tanto mais raramente
ela aparece na prosperidade gloriosa!

Os obstáculos existem para serem superados.
Abandone as dúvidas de si próprio e seja vitorioso.


Reflexão, poema de “3 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 2 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

2 de Junho

Tanto sofremos tentando fazer desaparecer um problema; Deus ri de nós. Mas, logo aceitamos a dificuldade como inevitável, por Ele ordenada, ela lentamente se desfaz, até que chega um dia em que ficamos a pensar onde foi que ela desapareceu.

Se soubermos como olhar para um problema, metade da força do problema desaparece. Todavia, normalmente, procuramos evitar o problema, tentamos fugir dele. Um problema não é uma indicação de qualquer engano ou crime nosso. Então, por que deveríamos ter medo de encará-lo? Saibamos que também há forças ruins, não-divinas e hostis à nossa volta. Culpando-nos a nós mesmos e tentando-nos esconder, não resolveremos o problema. Devemos encará-lo e ver se, realmente, somos culpados. Temos de sentir que somos não os causadores do problema, mas sim os solucionadores. Devemos praticar a vida espiritual e desenvolver força interior, aspiração e desapego interior. Lenta e gradualmente nos tornaremos fortes interiormente e seremos capazes de resolver os problemas causados pelas nossas próprias fraquezas interiores.

A escuridão dentro de si
Morrerá,
Apenas, quando a devoção no seu interior
Invocar iluminação das alturas.


Reflexão, poema de “2 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poemas do Mês de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

Entregue-se, entregue-se, alegremente,
À Vontade de Deus.
Não será arrebatado
Pelos fortes ventos da preocupação.


Reflexão, poema do Mês de Junho, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 1 de Junho – Sri Chinmoy, Reflexões

1 de Junho

Auto-negação não resolve problema algum. Auto-asserção não resolve problema algum. É a manifestação de Deus, através da auto-existência, que resolverá todos os problemas do presente e do futuro.

Se o medo é o nosso problema, sintamos que somos os soldados escolhidos de Deus, o Todo-Poderoso. Se a dúvida é o nosso problema, sintamos que temos, profundamente, dentro de nós o mar da Luz de Deus. Se a inveja é o nosso problema, devemos sentir que somos a unicidade da Luz e Verdade de Deus. Se a insegurança é o nosso problema, devemos sentir que Deus não é, e nem pode ser, nada senão a Sua constante garantia, de que Ele nos clamará como verdadeiramente Seus. Se o corpo é o problema, a nossa constante prontidão e atenção podem resolver esse problema. Se o vital é o problema, a nossa imaginação que sobe aos céus pode resolver esse problema. Se a mente é o problema, a nossa aspiração de perfeição pode resolver esse problema. Se a vida é o problema, a nossa auto-descoberta preenchedora pode resolver esse problema.

Apenas, uma mente Deus-centrada
Poderá desafiar todas as tempestades-dúvida
E todos os trens-inveja.


Reflexão, poema de “1 de Junho”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 31 de Maio – Sri Chinmoy, Reflexões

31 de Maio

O homem pode ser feliz e seguro, apenas, quando o coração sente mais rápido do que a mente pensa.

Cada problema é uma força. Ao vê-lo, sentimos no nosso interior profundo uma força maior. E, quando encaramos o problema provamos-lhe que, não apenas temos a maior força mas, que somos a maior força sobre a Terra. Um problema aumenta quando o coração hesita e a mente calcula. Um problema diminui quando o coração enfrenta o problema e a mente apoia o coração. Um problema reduz-se quando a mente usa a sua luz-busca e o coração usa a sua luz-iluminação.

Quando oposições exteriores
Se colocarem diante de si,
Apenas, diga a si mesmo:
“Se eu puder meditar
A despeito dessa dificuldade,
Tornar-me-ei
Um melhor e mais forte Deus-buscador
E Deus-amante.”


Reflexão, poema de “31 de Maio”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.

Poema de 30 de Maio – Sri Chinmoy, Reflexões

30 de Maio

Uma vida de pureza é uma vida de auto-suficiência, pois está firmemente enraizada no amor divino.

O amor é a fonte da humanidade, o amor é a fonte da divindade. Amor humano por fim acaba em frustração. Por quê? Porque o amor humano segue da nossa limitada consciência-corpo para uma outra limitada consciência-corpo. Amor divino é todo iluminação. No início da jornada, no meio e ao final da jornada ele é todo iluminação. O amor divino desce da alma-liberdade para a consciência-corpo. O amor divino é o sol da liberdade tanto no Céu quanto na Terra.

A fragrância de um coração puro
Intensifica, sempre,
O deleite-satisfação da sua vida.


Reflexão, poema de “30 de Maio”, retirada do livro de Sri Chinmoy: A Jornada-Alma da Minha Vida.